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Começa no Rio de Janeiro a Marintec, o mais importante encontro da indústria naval na América do Sul

agosto 15, 2018


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A indústria naval estará reunida a partir de hoje (14), no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro, para participar do mais importante evento do setor, a Marintec South America. O encontro é voltado aos setores da construção naval, manutenção e operações portuárias e vai até a próxima quinta-feira, com início marcado para às 13 horas. Ponto de encontro desta indústria, a Marintec reúne armadores, estaleiros, fabricantes e fornecedores, nacionais e internacionais, em prol do aumento da produtividade, da qualificação profissional, do fomento de novas tecnologias, de investimentos e da demanda e oferta para toda a cadeia. Serão vários eventos simultâneos durante os próximos três dias: Congresso Marintec; Fórum de Soluções; Congresso de Construção Naval, Treinamento Ancjor, Congresso de Manutenção, Tecnologias e Utilidades Industriais; Operação de Estações de Tratamento de Efluentes; Comissionamentos e Partida; A Indústria Marítima no Brasil, Seminário sobre Inovações envolvendo empresas do Reino Uni
do; A Escola Móvel de Robótica Subaquática do Senai, além da feira de exposições das empresas. Em todos os dias, o evento vai até às 20 horas.

A Indústria Naval Brasileira vai discutir temas que possa mante-la viva e iniciar um novo ciclo de encomendas o quanto antes. Estaleiros e fornecedores aguardam com apreensão sinais concretos de novas oportunidades, já que as encomendas que restam devem ser concluídas até meados de 2019. Na agenda, estão definições mais claras sobre a política de conteúdo local e possíveis alterações para destinar parte dos recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para projetos da Marinha. Ainda existe demanda importante por embarcações para navegação interior e poucas entregas de barcos de apoio previstas. Atividades de desmanche de navios e descomissionamento de plataformas ainda estão no campo do debate, mas já se começam a enxergar oportunidades. Neste momento há também possibilidades de encomendas navios para a Marinha Brasileira, além dos submarinos que já estão sendo construídos e as Corvetas, que estão em processo de limitação. É uma possibilidade, mas ainda sem confirmação.

A atual situação dos estaleiros nacionais de grande e médio porte tem dado ao setor a perspectiva de redução cada vez maior do número de encomendas. Sem novas contratações previstas a partir do ano que vem, grande parte deles voltou atenções para manutenção de embarcações e uso das instalações como bases de apoio logístico e offshore. Um levantamento do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) aponta que 12 de seus 28 estaleiros associados não estão operando por falta de novos contratos. O Sinaval afirma que o Brasil, em 10 anos de retomada, conseguiu alcançar a curva de aprendizagem, mas ressalta a necessidade de se manter as encomendas para que as conquistas do setor nesse período não sejam perdidas. O Sinaval diz que os líderes mundiais, como Japão, China e Coreia do Sul, precisaram de quase 30 anos para alcançar os valores atualmente praticados internacionalmente.

Com a apresentação de estudos sobre o mercado nacional, a gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan também participa mais uma vez da Marintec. No estande da federação, especialistas divulgação as duas principais publicações lançadas esse ano: o Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro 2018 e o Ambiente Onshore de Petróleo e Gás no Brasil 2018. Além disso, a Firjan SENAI promoverá três palestras técnicas, uma a cada dia, sempre às 16h, voltadas para empresários e stakeholders da indústria naval. O especialista Ramon Fonseca Ferreira (foto), do Instituto de Tecnologia Solda Firjan SENAI, fala nesta terça-feira (14) sobre “Confiabilidade de processos de soldagem e inspeção através de ferramentas de simulação numérica”. Já Hélber Macedo e Ataíde de Freitas Silva, do Instituto de Tecnologia Automação e Simulação Firjan SENAI, apresentam amanhã o tema “Simuladores de Lastro, Estabilidade e Emergências. No último dia, Caio de Lima Porciúncula da Costa, do Instituto de Tecnologia Ambiental Firjan SENAI, falará sobre a “Ecoeficiência: oportunidades para o setor naval”.

Também na quinta-feira (16) acontece a III Sessão de Inovação do Reino Unido, um seminário que reúne nomes de destaque da inovação marítima britânica e brasileira. O evento faz parte das ações do Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação, que promove a troca de conhecimento entre os dois países em diversas áreas. Estão confirmados palestrantes da Belzona, Wärtsilä, Scanjet Marine, ASV Transpetro Oil Trading Pte, ANTAQ e Petrobrás, além da participação de Maria Angélica Oliveira Luqueze (Foto), da UK Export Finance, Simon Quinn, pesquisador da University of Southampton e Kevin Forshaw, da University of Plymouth.

Os alemães da thyssenkrupp também estarão presentes e falarão a respeito do acordo de cooperação entre a thyssenkrupp Marine Systems e a German Naval Yards Kiel para o processo de licitação do projeto de aquisição de navios de combate multifunção MKS 180 da Marinha alemã. A German Naval Yards Kiel está participando do processo de licitação da MKS 180 como contratada geral. Com base no acordo de cooperação, se a German Naval Yards Kiel vencer o contrato, a thyssenkrupp Marine Systems realizará uma parte substancial do trabalho de desenvolvimento e engenharia necessário como subcontratada.

A ZF Aftermarket destacará seu portfólio composto por reversores, sistemas azimutais de propulsão auxiliar e principal, comandos eletrônicos, eixos e hélices – todos para aplicações em barcos de uso comercial, como rebocadores e barcos de operação offshore. Carlos Lima, gerente de Vendas e Serviços da área marítima da ZF Aftermarket, diz que “Entendemos que a Marintec é uma das principais oportunidades do setor marítimo na América do Sul, tanto para estreitarmos relacionamento e recebermos nossos clientes como para reforçar a marca ZF e seu portfólio de produtos no segmento naval”.

A Berkeley Research Group – BRG – levará ao encontro discussões importantes como o potencial do mercado e novas tecnologias no setor portuário. Participarão do evento os diretores da BRG Tito Cardoso (foto), que atua nas áreas de consultoria para desenvolvimento e gestão de projetos, além de Claudio Graeff, responsável pela área de desenvolvimento de empreendimentos e Presidente do Comitê de Logística e Competitividade da Associação Brasileira do Agronegócio-ABAG. Entre as novas tecnologias a empresa destacará a propulsão híbrida para navios, tendência vinda da preocupação mundial com a preservação do meio ambiente, além novos players e potenciais mercados, levando uma análise do impacto do agronegócio no setor naval.

Pela primeira vez, a Globalstar vai participar da Marintec. A empresa é líder no mercado em comunicação via satélite. A multinacional fará o pré-lançamento do SmartOne Solar na feira. O novo dispositivo IoT inova ao unir tecnologia de comunicação via satélite à utilização de energia solar, permitindo rastreio e monitoramento remoto, quase em tempo real, em praticamente qualquer lugar do mundo. Além dele, a Globalstar também demonstrará o rastreador SmartOne, versão C.

A Cummins vai aproveitar o evento para lançar o motor eletrônico X15. Ela apresentará sua nova aposta para o mercado, para atender a rebocadores, barcos de pescas, empurradores fluviais, transporte de passageiros, entre outras aplicações comerciais. Eric Marini, gerente de Produto da Cummins Marine, disse que “Consideramos o mercado brasileiro de extrema importância, com potencial em diversas regiões, como a Norte, devido às altas demandas para o mercado de navegação fluvial, Nordeste e Sul, locais onde temos um número relevante de clientes para suportar”. A eletrônica embarcada ainda traz a possibilidade do monitoramento digital do motor via satélite, como contribuição com as operações da embarcação. O X15 é mais um exemplo de investimento contínuo da Cummins no mercado marítimo. Introduzimos o motor de maior rotação do mercado global, o QSK 95, com mais potência e durabilidade que qualquer outro motor marítimo de alta velocidade de sua categoria. E agora o novo X15 reforça o compromisso Cummins de entregar os produtos que os nossos clientes precisam para terem sucesso”.

Fonte: Petronotícia
Publicado em: 15/08/2018


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