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Leilão de blocos de petróleo e gás rende arrecadação de R$ 3,8 bilhões em bônus

setembro 27, 2017


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Dos 287 blocos de exploração ofertados, apenas 37 (13%) foram arrematados por um total de 17 empresas, sendo 7 delas estrangeiras.

O leilão de blocos de óleo e gás garantiu uma arrecadação de mais de R$ 3,84 bilhões em bônus, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao todo, 17 empresas arremataram áreas para exploração, sendo 7 delas estrangeiras. Somente 2 blocos arrematados pelo consórcio Petrobras/ExxoMobil na Bacia de Campos responderam, sozinhos, por R$ 3,6 bilhões da arrecadação total.

Segundo a ANP, o ágio foi de 1.556%, o que garantiu “o maior bônus de assinatura total da história” em uma leilão de concessão. O recorde anterior foi na 11ª Rodada, realizada em 2013, quando foram ofertados R$ 2,8 bilhões em bônus de assinatura. No último leilão, realizado em 2015, foram arrecadados apenas R$ 121 milhões em bônus.

14ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás ofertou 287 blocos de exploração, divididos em 29 setores de nove bacias sedimentares, que totalizam uma área de quase 123 mil km².

Dos 287 blocos, apenas 37 (13%) foram arrematados e muitos receberam proposta única. Os lotes mais disputados foram os blocos marítimos da Bacia de Campos.

Lances bilionários da Petrobras

Todos os seis blocos do setor SC-AP3 da Bacia de Campos foram arrematados pelo consórcio formado por Petrobras (50%) e ExxonMobil (50%), sendo um deles pelo valor de R$ 1,2 bilhão e outro (bloco C-M-346) por R$ 2,24 bilhões – o maior bônus do leilão. As gigantes Shell e Total também participaram da disputa.

O governo federal poderia arrecadar com o certame cerca R$ 1,7 bilhão, se todos os blocos fossem arrematados sem ágio, segundo a Reuters. Na véspera, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou que esperava uma arrecadação da ordem de R$ 500 milhões.

O leilão foi tratado como o primeiro grande teste do governo, após uma série de mudanças pró-mercado adotadas nas regras do setor desde o ano passado, com destaque para a redução das exigências de conteúdo local, a extensão do regime aduaneiro especial Repetro e a retirada da exclusividade da Petrobras na operação do pré-sal.

A previsão de investimentos do Programa Exploratório Mínimo (conjunto de atividades a ser cumprido pelas empresas vencedoras na primeira fase do contrato) é de R$ 845 milhões.

A área total arrematada foi de 25.011 km². Os blocos arrematados estão distribuídos em 16 setores de oito bacias sedimentares: Parnaíba, Potiguar, Santos, Recôncavo, Paraná, Espírito Santo, Sergipe-Alagoas e Campos.

Ao todo, 32 empresas se inscreveram para participar do leilão. A maioria (18 dentre o total de inscritas) são empresas estrangeiras – estão no páreo correntes da Alemanha, Austrália, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Malásia, Reino Unido, Rússia e Tailândia.

Confira abaixo os lotes ofertados e os vencedores

Bacia do Parnaíba (total de 12 blocos terrestres) – Nordeste

Setor SPN-N – gás natural (5 blocos)
Vencedor: Parnaíba Gás Natural S.A.
Proposta: R$ 2,6 milhões

Setor SPN-SE – gás natural (7 blocos)
Não recebeu nenhuma oferta

Bacia de Pelotas (total de 6 blocos marítimos) – Rio Grande do Sul

Setor SP-AP4 – petróleo
Não recebeu nenhuma oferta

Setor SP-AUP4 – petróleo
Não recebeu nenhuma oferta

Bacia Potiguar (total de 62 blocos terrestres) – Rio Grande do Norte

Setor SPOT-T1B – petróleo
Não recebeu nenhuma oferta

Setor SPOT-T2 – petróleo
Não recebeu nenhuma oferta

Setor SPOT-T4 – petróleo (54 blocos)
Vencedor: Gropark Brasil
Proposta: R$ 412 mil

Setor SPOT-T5 – petróleo
Não recebeu nenhuma oferta

Bacia de Santos – petróleo e gás (total de 76 blocos marítimos) – São Paulo, Paraná e Santa Catarina

Setor SS-AP4
Não recebeu nenhuma oferta

Setor SS-AR3
Não recebeu nenhuma oferta

Setor SS-AR4 – 46 blocos
Vencedor: Australiana Karoon arrematou um bloco
Proposta: 20,018 milhões

Bacia do Recôncavo (total de 27 blocos terrestres) – Bahia

Setor SREC-T1 – petróleo
Não recebeu nenhuma oferta

Setor SREC-T2 – petróleo (4 blocos)
Vencedor: Petroil Óleo e Gás Ltda arrematou 3 blocos
Proposta: R$ 257 mil

Setor SREC-T3 – petróleo (6 blocos)
Vencedores: Chinesa Tek Óleo e Gás e brasileira Muncks Guindastes arremataram um bloco cada uma
Proposta: R$ 154 mil

Setor SREC-T4 – petróleo
Vencedores: Chinesa Tek Óleo e Gás arrematou dois blocos e Great Energy arrematou um bloco
Proposta: R$ 1,5 milhão da Tek e R$ 121 mil da Great Energy

Bacia do Paraná – petróleo (total de 11 blocos terrestres)

Setor SPAR-CN
Vencedor: Petrobras arrematou um bloco
Proposta: 1,7 milhão

Bacia do Espírito Santo – petróleo e gás (total de 26 blocos – 7 marítimos e 19 terrestres)

Setor SES-AP1
Não recebeu nenhuma proposta

Setor SES-AP2
Vencedores: Chinesa CNOOC Petroleum arrematou um bloco e espanhola Repsol arrematou outro
Proposta: R$ 23,5 milhões da CNOOC e R$ 23,1 milhões da Repsol

Setor SES-T4
Vencedores: brasileiras Bertek, Imetame e Vipetro
Proposta: total de R$ 934 mil

Setor SES-T6 (12 blocos)
Vencedor: brasileiras Bertek, Imetame e Vipetro arremataram cinco blocos
Proposta: R$ 3 milhões

Bacia Sergipe-Alagoas (total de 57 blocos – 11 marítimos e 46 terrestres)

Setor SSEAL-AP1
Não recebeu nenhuma proposta

Setor SSEAL-AP2
Vencedores: consórcio formado por Murphy e Exxonmobil, juntamente com a brasileira Queiroz Galvão arrematou blocos em mar
Proposta: R$ 62,8 milhões

Setor SSEAL-AUP2
Vencedores: consórcio formado por Murphy e Exxonmobil, juntamente com a brasileira Queiroz Galvão arrematou blocos em mar
Proposta: R$ 47,1 milhões

Setor SSEAL-T4
Não recebeu nenhuma proposta

Setor SSEAL-T5 (27 blocos)
Vencedores: brasileira Greenconsult arrematou um bloco
Proposta: R$ 112,9 mil

Setor SSEAL-T1
Não recebeu nenhuma proposta

Setor SSEAL-T2
Vencedor: Muncks & Reboques Brasil
Proposta: R$ 95 mil

Bacia de Campos (total de 10 blocos marítimos)

Setor SC-AP1
Vencedores: Exxonmobil arrematou 2 blocos
Proposta: R$ 63 milhões

Setor SC-AP3 (6 blocos)
Vencedor: consórcio formado entre Petrobras e Exxonmobil
Proposta: R$ 3,6 bilhões

Fonte: G1


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