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APL se reúne com Grupo Técnico da Petrobras responsável pela P71

agosto 17, 2017


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Durante a participação do APL do Polo Naval e de Energia de Rio Grande e Entorno na 14a Marintec South
America no Rio de Janeiro, oportunizou-se uma reunião com a equipe técnica da Petrobras responsável pela decisão do futuro da plataforma P71, conforme havia sido sugerido durante as reuniões de junho com o Ministério de Minas e Energia em Brasília.

Participaram da reunião pelo APL o Diretor Presidente, Danilo Giroldo, o Presidente do Conselho de
Administração e Representante da Câmara de Comércio do Rio Grande, Renan Lopes, e o Prefeito Municipal, Alexandre Lindenmeyer. Pela Petrobras participaram os Gerentes Carlos Cunha, Lourenço Lustosa, Felipe Luz, Grace Salomão e um assessor técnico jurídico, que desenvolve atividades decisórias referentes à P71.

O objetivo da reunião foi aprofundar as justificativas técnicas apresentadas publicamente pela Petrobras,
sobre a descontinuidade do Projeto da P71, que podem ser sintetizadas em dois aspectos principais: (i) ausência de um projeto de exploração específico para a P71 e (ii) barreiras jurídicas para contratar ou subcontratar a Ecovix para concluir a P71.

A Petrobras informou que a conclusão dos estudos neste tema, já comunicada à Ecovix na semana
passada, reforçou a impossibilidade de continuidade da construção da P71 e aproveitamento deste ativo pela Petrobras. Esta conclusão, na prática, condena o casco parcialmente construído da P71 ao sucateamento, seguindo o mesmo destino já definido para os blocos da P72.

O APL questionou fortemente os dois argumentos, especialmente o primeiro, uma vez que a conclusão
total ou parcial do casco da P71 se constituiria em ativo valioso e viável para a Petrobras incluir em seus próximos contratos de afretamento de FPSOs. Além disso, as estimativas atuais indicam que o montante de recursos a serem despendidos para concluir a P71 é semelhante ao que será necessário para sucatear a estrutura. Por outro lado, estimativas de geração de postos de trabalho indicam que a conclusão da plataforma levaria à contratação de mais de 900 pessoas, número superior ao empregado no sucateamento.

Quanto à contratação direta da Ecovix para concluir a P71, o APL compreendeu as barreiras jurídicas que
se impõem a este mecanismo, considerando a rescisão exatamente deste escopo ocorrida em dezembro de 2016.

No entanto, parece viável ao APL que a conclusão da P71 fosse executada por uma terceira parte, que poderia subcontratar a Ecovix em um percentual não majoritário.

A Petrobras argumentou que o atual processo de recuperação judicial da Ecovix seria um impeditivo
adicional e considerou a conclusão deste processo como essencial para a retomada das atividades de construção naval no Estaleiro Rio Grande.

O APL continuará buscando formas alternativas de reparação de danos aos envolvidos, mesmo
reconhecendo a dificuldade e complexidade da questão.


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